11 de ago. de 2010
Blog do projeto Boneco Especial atinge o índice de 1000 acessos
Na educação , as metodologias utilizadas tem fornecido material, onde estão sendo utilizados como educação complementar juntos às instituições públicas e privadas de educação especial. Na cultura, a criação de espetáculos utilizando no elenco pessoas com deficiência manipulando bonecos de fios, luva, manipulação direta, além da criação de caixas cênicas para cadeirantes está possibilitando uma reflexão na utilização deste grupo na atuação em espetáculos profissionais. Na saúde , a inserção do núcleo boneco especial em um hospital público em Belo Horizonte está abrindo possibilidades do Boneco estar servindo como objeto de estudo e pesquisa no processo de humanização da saúde pública atuando nas áreas da terapia ocupacional, psicologia , fonoaudiologia e fisioterapia.
Para maiores informações, continuem acompanhando o nosso blog.
14 de jun. de 2010
Notícias do mês de Maio.

11 de mai. de 2010
Seminário Boneco Especial
Os grupos parceiros Cia de Iventos e Aldeia de Teatro de Bonecos, estiveram presentes, relatando a importância da parceria a uma causa tão justa, todos unidos com o mesmo propósito.
Os patrocinadores MRS e V&M, marcaram presença e falaram o porque de investir no projeto Boneco Especial.
Foi um dia emocionante para todos os presentes, com apresentações artísticas das crianças Jack e Manoel,unidade Barreiro e Clara, unidade Bom Pastor.


3 de mai. de 2010
Atividades nos núcleos Projeto Boneco Especial
Boneco Especial em São Paulo e Paraná.
31 de mar. de 2010
Boneco Especial e Arte Terapia
16 de mar. de 2010
Palestra Boneco Especial em João Pessoa
Os coordenadores Roberto Ferreira da Silva e Aparecida Oliveira da Silva, participam da palestra, apresentando o projeto que antes era conhecido em Minas Gerais e está ganhando amplitude nacional.
8 de mar. de 2010
APAE – Tiradentes – MG
Companhia de Inventos
Projeto Boneco Especial
APAE – Tiradentes – MG
O projeto Boneco Especial nos foi proposto pela Companhia Família Silva, com a finalidade de expandir o trabalho realizado em Belo Horizonte e estimular novas experiências com crianças, jovens e adultos portadores de deficiência.
Todo o processo teve início com o contato em duas turmas da APAE, no turno da manhã formada por jovens e adultos , e no turno da tarde por jovens e crianças. Sabíamos que a realidade de cada um, suas limitações e potencialidades se diferem muito. Principal motivo que nos fez entender que esse trabalho merece uma atenção muito especial. Outra questão colocada pela Companhia Silva era selecionar os participantes que mais tivessem capacidade de se desenvolver com o teatro de bonecos .
Na APAE de Tiradentes o grupo tem um vínculo de união muito forte e nos vimos diante de uma motivação geral, o que nos fez trabalhar com todos, todas as idades e todas as diferenças.
Como metodologia realizamos uma aula/espetáculo, onde apresentamos várias técnicas do teatro de bonecos : luva , fio, sombras, varas, a fim de motivá-los e percebemos o interesse maior por determinadas técnicas. Já trabalhamos durante vários anos com este tipo de Workshop e temos experiência com diversas classes socioculturais. Conseqüentemente ,percebemos o êxito, independente de para quem foi apresentado. A vibração foi total por todas as técnicas, nos deixando à vontade por qual caminho seguir.
Decidimos iniciar a oficina com os bonecos de luva e a partir daí conhecermos mais cada um dos alunos. Preocupamo-nos em utilizar materiais a que todos tivessem acesso, mesmo fora da APAE, pois motivados eles poderiam continuar a criação dentro de suas próprias casas. Este fator é muito importante para transpor barreiras ,sempre apresentadas dentro das próprias famílias.
Usamos garrafas pet de 500 ou 600 ml, que eles vestiam com meias. Com botões, lãs, tampinhas, bombril, fivelas e muitos outros adereços foram sendo criadas as cabeças de seus personagens. Pequenos tubos de PVC formaram os braços e as mãos foram recortadas em papelão.
Cada etapa demandou um certo tempo, embora ficássemos surpresos com a agilidade da confecção, fácil de entenderpelo fator vontade e motivação. O auxílio e cumplicidade constante dos profissionais que já trabalham na APAE foram fundamentais no sucesso desta primeira etapa.
Cabeças e braços prontos era hora de montarmos os figurinos. Com a mesma euforia os figurinos foram construídos. Chamamos sempre a atenção para que eles criassem personagens e não simples bonecos, pois existe uma grande diferença entre uma coisa e outra. O figurino representou muito na conclusão de cada personagem, ainda dando margem a complementos de adereços feitos por cada um.
A etapa seguinte: manipular e dar vida a cada boneco criado. Um desafio importante! Utilizamos um pequeno palco e deixamos que cada um criasse sua história. Podiam escolher se fariam individualmente ou em duplas. Primeiro escolher um nome para o personagem. Tivemos cenas de cantoria, aula de Yoga, programa de televisão, um Faixa Preta de Karatê. A organização e continuidade do pensamento foi um ponto no qual observamos dificuldades de desenvolvimento. Para continuarmos o trabalho em 2010, trabalharemos técnicas que os ajudem a superar estas dificuldades. A limitação motora foi outro fator observado o que nos mostrou a necessidade de adaptarmos tipos de palco, associando às técnicas de manipulação, no desenvolvimento do projeto.
Com estas experiências optamos pelo teatro de sombras para este ano. A forma bidimensional, a luz e a sombra, a manipulação das silhuetas poderá desenvolver movimentos finos e induzi-los a seguir um fio condutor de uma história organizada, com princípio, meio e fim. A introdução de cenários para as cenas ajudará a localizá-los no espaço e no tempo.
O projeto teve início no segundo semestre de 2009, contando com 40 alunos participantes, todos portadores de alguma deficiência. Dedicamos uma hora por semana para cada turma. A questão da profissionalização de alguns deles não é descartada, porém ainda é cedo para identificarmos quais teriam esta vocação.
Realizando o Boneco Especial em Tiradentes percebemos que é importante a continuidade deste projeto. O poder que um boneco exerce sobre o seu criador/manipulador muitas vezes faz inverter seus papéis.
Bernardo Rohrmann e Renata Franca
Companhia de Inventos – Teatro de Bonecos
17 de jan. de 2010
O Espetáculo
Espetáculo:
“ÁFRICA ESPECIAL”
Grupo Brincadeira de Bonecos
Apresentação do dia 25/11/09- manhã e tarde
Escola Estadual Especial Amaro Neves - Barreiro
Preparações...


E começa o espetáculo!


De Cabo Verde...


Malidiza, vinda de Moçambique



As pequenas bailarinas ...



O final!

Um novo tempo no teatro de Bonecos Brasileiro
Conheça o trabalho desenvolvido no núcleo Tiradentes.
A APAE- Tiradentes é uma instituição de educação especial localizada no município de Tiradentes , Minas Gerais que atende alunos com deficiência com características diferenciadas (Autismo, paralisia cerebral e déficit cognitivo) .
As atividades desenvolvidas no projeto Boneco Especial na instituição têm como objetivo geral:
1- Formação cultural dentro do teatro de bonecos de alunos jovens e adultos com deficiência (déficit cognitivo e paralisia cerebral leve e média) através de oficina de construção de bonecos.
2- A equipe é formada pelos bonequeiros Renata e Bernado (do grupo Cia de inventos com sede em Tiradentes ) e acompanhada por profissionais da educação e da terapia ocupacional que trabalham na instituição.
Metodologia utilizada :
1- Oficina de construção de Bonecos
Conheça o trabalho desenvolvido no Núcleo Barreiro de Cima
As atividades desenvolvidas no projeto Boneco Especial na instituição têm o seguinte objetivo: formação cultural, usando o teatro de bonecos, de alunos jovens e adultos com deficiência (déficit cognitivo e paralisia cerebral leve), através de construção de espetáculos, tendo como referência a arte educação. A equipe é formada pelos Bonequeiros e pedagogos Aparecida e Roberto Silva (Grupo Família Silva Teatro de Bonecos) e Débora Mazochi (Grupo Aldeia Teatro de Bonecos), sendo acompanhada por profissionais da terapia ocupacional que trabalham na instituição.
As atividades se dividem em:
1- História do Teatro de Bonecos.
2- Exercícios de Manipulação.
3- Contação de histórias.
Metodologia utilizada:
1. Oficina de Teatro de Bonecos.
Primeiramente, a direção da escola define o grupo que participa da oficina. Nesta fase são repassadas aos alunos informações relativas às diversas formas de manipulação de bonecos. Em seguida, os alunos experimentam técnicas do teatro de bonecos, tais como luva, fio, manipulação direta e boca articulada. Depois, são divididos em grupos para que cada um possa se especializar em uma forma de atuar dentro do teatro de bonecos.
Desse trabalho surgiu o grupo Brincadeiras de Boneco (sugestão dos alunos) e o espetáculo de cenas curtas “África Especial”. Nele a bonequeira Débora Mazochi coordenou o grupo que trabalhou com a manipulação direta, assim como contribuiu para a seleção da trilha sonora, dos figurinos e do texto para que, em caráter experimental, pudessem ser montadas algumas cenas para serem encenadas na instituição. Já a bonequeira Aparecida Silva coordenou o grupo de fios, assim como confeccionou os figurinos e acabamentos dos bonecos.
Neste processo, Roberto Silva ficou envolvido no desenvolvimento de equipamentos especiais, que possibilitassem ao cadeirante Manoel manipular bonecos.
O espetáculo foi apresentado com grande sucesso na Semana da Consciência Negra na instituição, Escola Estadual de Educação especial Doutor Amaro Neves Barreto, nos turnos da manhã e da tarde beneficiando a todos os alunos.
Conheça o trabalho desenvolvido no núcleo Ibirité
As atividades desenvolvidas no projeto Boneco Especial têm dois objetivos principais:
- Formação cultural, usando o teatro de bonecos, de alunos jovens e adultos com deficiência (déficit cognitivo e paralisia cerebral leve), através de oficina de construção de bonecos, tendo como referência a arte educação.
- Desenvolver metodologias de estímulo tato-sensorial para crianças, utilizando o teatro de bonecos.
As atividades são divididas em:
- Oficina de construção de Bonecos.
- Atividade de estímulos tato-sensorial.
Metodologia utilizada:
1 -Oficina de Construção de Bonecos.
O primeiro módulo foi desenvolvido em 2009, utilizando materiais que os alunos conheciam, tais como: papel higiênico, jornal, cola feita a partir de trigo e água, embalagens de margarina e tecidos.
O trabalho utilizou a técnica do papel maché, onde os alunos começaram a cortar o papel e a entender como se fazia a cola, como se modelava a base da cabeça, construída com jornais. A fase seguinte foi estimular os alunos a pensar no perfil do personagem que cada um gostaria de construir (homem, mulher, velho, gordo, magro, etc.). A partir desta definição, o grupo pode ser orientado na finalização dos bonecos.


Conheça o trabalho desenvolvido no Núcleo do Hospital Municipal de Belo Horizonte Odilon Behrens
Hospital Municipal Odilon Behrens em Belo Horizonte - Minas Gerais, é uma instituição pública que atende a casos de urgência da região metropolitana.
No hospital, o projeto Boneco Especial é realizado dentro do projeto “Saúde com Arte”, que tem por objetivo promover a humanização da saúde.
Metodologia utilizada:
Conheça o trabalho desenvolvido na creche Bom Pastor
1. Brincadeiras com Boneco.
2. Música terapia.
3. Recreação e jogos.
4. Passeios.

As atividades são planejadas no início de cada ano, pela equipe formada pelos bonequeiros e pedagogos Aparecida e Roberto Silva e a Terapeuta Ocupacional Tatiane.
Empresas Incentivadoras
MRS Logística
V&M Tempo Sustentável
Histórico
Tudo começou em 2005, após de uma apresentação do espetáculo Circo de Bonecos, realizado pela Família Silva Teatro de Bonecos, na mostra cultural da Creche Bom Pastor.
Na semana seguinte à apresentação, voltamos à Creche Bom Pastor - uma instituição filantrópica que cuida em regime de internato de 50 pessoas com deficiência de características diferenciadas (autismo, paralisia cerebral e déficit cognitivo) - para visitarmos o grupo de internos que tinha assistido ao espetáculo. Perguntados se haviam gostado do espetáculo, a reação de satisfação foi unânime, com as pessoas gesticulando as cenas que haviam assistido. De uma forma intuitiva, perguntamos à Clara e Juceli internos da instituição, se teriam vontade de manipular bonecos e foi ai que acabou o nosso sossego!
A emoção foi tanta que eu e Aparecida tivemos que reorganizar as atividades desenvolvidas pela família Silva, para iniciarmos uma oficina de teatro de bonecos na Creche Bom Pastor. Mas ai surgiu o problema: o que fazer em função das especificidades dos alunos. Aí descobrimos duas grandes aliadas: a intuição e a observação. Durante três semanas, levamos alguns fantoches do acervo da Família Silva, para que o grupo pudesse experimentar a manipulação com luva e foi observado que cada participante da oficina se comportava de uma forma específica, em função da particularidade de cada um.
Na fase seguinte, iniciamos a construção de bonecos utilizando como materiais: cabaça papel e tecido, e continuamos nossa observação com atenção, cuidado e dedicação. Estas duas fases permitiram a construção do espetáculo “O Laço Cor de Rosa”, que foi encenado na mostra Cultural de 2006 na Creche Bom Pastor. Em 2007, surgiu na creche uma oportunidade para inscrever a iniciativa em uma concorrência pública para apoio a projetos sociais. Foi desta forma que surgiu, pela primeira vez, o nome do Projeto Boneco Especial, aprovado e patrocinado pela empresa MRS Logística e que teve a sua continuidade nos anos de 2008, 2009.
A experiência da creche Bom Pastor nos mostrou que o teatro de bonecos poderia ser utilizado como uma ferramenta de inclusão social deste público alvo. Começamos então a inscrever essa proposta nas leis de incentivo a cultura, como forma de viabilizar a ampliação do trabalho com outras instituições. Em 2009, formamos uma rede que trabalha com pessoas com deficiência: Creche Bom Pastor, APAE/ Ibirité, Escola estadual de educação especial doutor Amaro Neves Barreto – BH, Hospital Municipal de Belo Horizonte Odilon Berens, APAE / Tiradentes e APAE / BH.
Outro fato de extrema importância foi a parceria realizada com os grupos Aldeia (BH) e Cia de Invento (Tiradentes) que passaram a nos auxiliar no processo de gestão do Projeto Boneco Especial.
O patrocínio de empresas como a MRS Logística e Vallourec Mannesmann, no ano de 2009, possibilitou a sustentabilidade do projeto, aumentando as perspectivas de trabalho com uma nova metodologia que atua nas interfaces: cultura/ saúde / educação.
Coordenação
Os bonequeiros Aparecida Oliveira da Silva e Roberto Ferreira da Silva, coordenadores do Projeto Boneco Especial são os fundadores da Cia Família Silva teatro de Bonecos, que surgiu em 1995, com uma proposta de atuar de uma forma contrária à lógica do mercado cultural, priorizando a democratização dos bens culturais.
As primeiras apresentações da família Silva, aconteceram em frente à padaria City Pão, na época de propriedade dos bonequeiros, localizada na Rua Castor n 328, no bairro Barreiro de Cima, em Belo Horizonte, Minas Gerais. A padaria passava por um período difícil, pela ausência de cliente e foi ai que surgiu a idéia de promover apresentações de teatro de bonecos na porta do estabelecimento, para atrair clientes, o que para surpresa do grupo, acabou funcionando. Pelo fato de estar localizada na periferia da capital mineira, foi verificado que o público que assistia aos espetáculos não conhecia este gênero teatral. Baseada nessa realidade surgiu outra idéia: utilizar a camioneta Fiorino 1987 (da padaria) para levar o teatro de bonecos a outras regionais de Belo Horizonte.
Esta iniciativa acabou se tornando o primeiro projeto do grupo aprovado em leis municipais de incentivo a cultura, que definiu o perfil do público alvo como sendo o foco dos trabalhos da Família Silva. Nos anos seguintes, a proposta de trabalho do grupo foi aprovada nas leis estaduais de incentivo a cultura de Minas Gerais e no Ministério da Cultura, o que possibilitou a expansão do grupo.
Após 10 anos de trabalhos, sendo a maioria das apresentações feitas em espaços abertos, foi verificado também que havia uma ausência de pessoas com deficiência assistindo aos espetáculos de teatro de bonecos. A ausência de infra-estrutura para acomodar este público alvo, iniciativas para convidar instituições que trabalham com crianças com deficiência tinham por conseqüência a exclusão social deste público alvo.
Essas observações possibilitaram à família Silva desenvolver um trabalho específico para este público alvo, o que posteriormente viria a ser o projeto Boneco Especial.
7 de nov. de 2009
6 de nov. de 2009
O que é Paralisia Cerebral!
Para entendermos melhor a importância do projeto Boneco Especial, precisamos conhecer o que é a Paralisia Cerebral, suas características e conseqüências.
A paralisia cerebral é o nome que se dá a um grupo de problemas motores (relacionados aos movimentos do corpo), que começam bem cedo na vida e são o resultado de lesões do sistema nervoso central ou problemas no desenvolvimento do cérebro, antes do nascimento - os chamados problemas congênitos. Ela acontece em aproximadamente 1 - 2 para cada 1,000 nascidos vivos, com o risco mais alto entre os bebês prematuros, crianças de baixo-peso-ao-nascimento (menos de 1,5 Kg), e em casos de gravidez complicada por infecções, ou condições que causam problemas, com o fluxo de sangue para o útero ou para a placenta.
Quanto à causa exata, esta ainda é desconhecida, mas os pesquisadores acreditam que icterícia grave do recém-nascido, infecções na mãe durante a gravidez, problemas genéticos ou outras doenças podem fazem o cérebro desenvolver anormalmente durante a gravidez. A paralisia cerebral também pode acontecer depois do nascimento, como quando há uma infecção do cérebro (encefalite) ou um trauma de crânio.
Quanto à prevenção, as mulheres grávidas devem fazer o acompanhamento pré-natal regular, que começa o mais cedo possível e se estende por toda a gravidez. Porém, como a causa da maioria dos casos de paralisia cerebral não é conhecida, é difícil prevenir.
São quatro tipos básicos de paralisia cerebral:
· Espástica - Movimentos duros e difíceis,
· Discinética ou atetóide - Movimentos involuntários e descontrolados,
· Atáxica - Coordenação e equilíbrio ruins,
· Mista - Combinação de diferentes tipos.
Em bebês os sintomas básicos de paralisia cerebral incluem:
ü Dificuldade para alimentar - Existe um atraso para o bebê ter coordenação para sugar o peito e para engolir,
ü Demora no aparecimento dos marcos normais de desenvolvimento motor - Não fazer coisas que seriam esperadas para uma certa idade. Por exemplo, não ter um bom controle da cabeça antes de 3 meses, não rolar o corpo antes de 4 a 5 meses, não sentar sem apoio antes dos 6 meses e não caminhar antes dos 12 a 14 meses.
ü Baixo tônus muscular (flacidez ou hipotonia) ou ter músculos duros (rigidez) - O baixo tônus muscular pode ser notado pela dificuldade em sustentar a cabeça ou manter o tronco firme. A rigidez muscular pode ser reconhecida pela espasticidade (músculos "travados") das pernas na infância.
Mas cada tipo tem a sua particularidade.
ü Paralisia Cerebral Espástica - Este é o tipo mais comum de paralisia cerebral (aproximadamente 50%) na qual os músculos são duros e resistem ao serem esticados. Os braços e as pernas também têm contrações musculares involuntárias em resposta a um estímulo.
ü Paralisia Cerebral Discinética ou Atetóide - Esta forma menos comum (aproximadamente 20%) de paralisia cerebral é caracterizada por movimentos involuntários da face, tronco e membros que freqüentemente interferem com a fala e a alimentação. Os sintomas podem piorar em situações de tensão emocional e podem ir embora durante o sono.
ü Paralisia Cerebral Atáxica - Este tipo de paralisia cerebral também é incomum e normalmente envolve uma lesão do cérebro na parte responsável pela coordenação (chamada de cerebelo). Os sintomas característicos incluem cambalear o tronco, dificuldade de manter os membros firmes e movimentos anormais dos olhos.
ü Paralisia Cerebral Mista - Uma combinação de sintomas de pelo menos dois dos subtipos anteriores.
Todas as formas de paralisia cerebral podem ter problemas associados, incluindo retardo mental (em mais de 50% dos pacientes), estrabismo (50%), epilepsia ou ataques epiléticos (30%), e desordens visuais ou auditivas (20%). As crianças que sofrem de paralisia também têm desordens de aprendizagem, de visão, de audição e da fala.
Para que o diagnóstico seja bem feito o médico deve saber todos os detalhes, incluindo informações a respeito da gravidez e do parto, o uso de medicamentos tomados pela mãe, infecções e movimentos fetais. Uma história familiar detalhada, incluindo antecedentes de aborto da mãe e a incidência do problema em outros parentes, também pode ajudar.
Alguns exames também são importantes para saber qual o tipo de Paralisia e a sua extensão entre eles Ultra-Som, a Tomografia Computadorizada (a TC), a Imagem de Ressonância Magnética (IRM); Eletroencefalograma (o EEG), exames de sangue e de urina. Mas isso não basta para que seja definido o tratamento mais adequado. O médico deve consultar outros especialistas, como um neurologista; um cirurgião ortopédico; ou um otorrinolaringologista.
O tratamento!
A maioria das crianças com paralisia cerebral se beneficia da fisioterapia e da terapia ocupacional precoces. Algumas crianças precisam de muletas e apoios para ajudar a ficar de pé e andar. Algumas podem ter que se submeter a procedimentos cirúrgicos. Alguns também precisam de tratamento para reduzir a espasticidade, que pode incluir medicamentos tomados via oral, injeções intramusculares ou cirurgia. Para crianças com paralisia cerebral discinética, o uso de medicamentos às vezes ajuda em seus problemas de movimento.
Para que a criança cresça e possa chegar à fase adulta com qualidade de vida, ela deve ter um acompanhamento adequado que exige uma equipe de especialistas que ajudam a maximizar e coordenar os movimentos, minimizar o desconforto e dor, e prevenir as complicações a longo prazo. Esta equipe poderá incluir, além do neurologista, um ortopedista; um fisioterapeuta, um fonoaudiólogo, um psicólogo e um terapeuta ocupacional.
Além disso, assistentes sociais podem prover apoio às famílias e podem ajudar a identificar alguma privação de recursos da comunidade. Contate um neurologista se seu filho demonstrar um tônus muscular anormal, fraqueza muscular, movimentos anormais do corpo ou se não estiver desenvolvendo suas habilidades motoras normais próprias da idade.
Prognóstico
A paralisia cerebral geralmente é uma condição de longa duração (crônica), mas em geral não piora. Algumas crianças são severamente afetadas e têm dificuldades para o resto da vida. Outras podem ter sintomas leves de paralisia cerebral durante a infância, mas depois desenvolvem tônus muscular normal e habilidades motoras. Embora estas crianças possam continuar tendo reflexos tendinosos profundos anormais, elas podem não experimentar problemas significativos no movimento em suas vidas diárias.