6 de nov. de 2009

O que é Paralisia Cerebral!

Para entendermos melhor a importância do projeto Boneco Especial, precisamos conhecer o que é a Paralisia Cerebral, suas características e conseqüências.

A paralisia cerebral é o nome que se dá a um grupo de problemas motores (relacionados aos movimentos do corpo), que começam bem cedo na vida e são o resultado de lesões do sistema nervoso central ou problemas no desenvolvimento do cérebro, antes do nascimento - os chamados problemas congênitos. Ela acontece em aproximadamente 1 - 2 para cada 1,000 nascidos vivos, com o risco mais alto entre os bebês prematuros, crianças de baixo-peso-ao-nascimento (menos de 1,5 Kg), e em casos de gravidez complicada por infecções, ou condições que causam problemas, com o fluxo de sangue para o útero ou para a placenta.

Quanto à causa exata, esta ainda é desconhecida, mas os pesquisadores acreditam que icterícia grave do recém-nascido, infecções na mãe durante a gravidez, problemas genéticos ou outras doenças podem fazem o cérebro desenvolver anormalmente durante a gravidez. A paralisia cerebral também pode acontecer depois do nascimento, como quando há uma infecção do cérebro (encefalite) ou um trauma de crânio.

Quanto à prevenção, as mulheres grávidas devem fazer o acompanhamento pré-natal regular, que começa o mais cedo possível e se estende por toda a gravidez. Porém, como a causa da maioria dos casos de paralisia cerebral não é conhecida, é difícil prevenir.

São quatro tipos básicos de paralisia cerebral:

· Espástica - Movimentos duros e difíceis,

· Discinética ou atetóide - Movimentos involuntários e descontrolados,

· Atáxica - Coordenação e equilíbrio ruins,

· Mista - Combinação de diferentes tipos.

Em bebês os sintomas básicos de paralisia cerebral incluem:

ü Dificuldade para alimentar - Existe um atraso para o bebê ter coordenação para sugar o peito e para engolir,

ü Demora no aparecimento dos marcos normais de desenvolvimento motor - Não fazer coisas que seriam esperadas para uma certa idade. Por exemplo, não ter um bom controle da cabeça antes de 3 meses, não rolar o corpo antes de 4 a 5 meses, não sentar sem apoio antes dos 6 meses e não caminhar antes dos 12 a 14 meses.

ü Baixo tônus muscular (flacidez ou hipotonia) ou ter músculos duros (rigidez) - O baixo tônus muscular pode ser notado pela dificuldade em sustentar a cabeça ou manter o tronco firme. A rigidez muscular pode ser reconhecida pela espasticidade (músculos "travados") das pernas na infância.

Mas cada tipo tem a sua particularidade.

ü Paralisia Cerebral Espástica - Este é o tipo mais comum de paralisia cerebral (aproximadamente 50%) na qual os músculos são duros e resistem ao serem esticados. Os braços e as pernas também têm contrações musculares involuntárias em resposta a um estímulo.

ü Paralisia Cerebral Discinética ou Atetóide - Esta forma menos comum (aproximadamente 20%) de paralisia cerebral é caracterizada por movimentos involuntários da face, tronco e membros que freqüentemente interferem com a fala e a alimentação. Os sintomas podem piorar em situações de tensão emocional e podem ir embora durante o sono.

ü Paralisia Cerebral Atáxica - Este tipo de paralisia cerebral também é incomum e normalmente envolve uma lesão do cérebro na parte responsável pela coordenação (chamada de cerebelo). Os sintomas característicos incluem cambalear o tronco, dificuldade de manter os membros firmes e movimentos anormais dos olhos.

ü Paralisia Cerebral Mista - Uma combinação de sintomas de pelo menos dois dos subtipos anteriores.

Todas as formas de paralisia cerebral podem ter problemas associados, incluindo retardo mental (em mais de 50% dos pacientes), estrabismo (50%), epilepsia ou ataques epiléticos (30%), e desordens visuais ou auditivas (20%). As crianças que sofrem de paralisia também têm desordens de aprendizagem, de visão, de audição e da fala.

Para que o diagnóstico seja bem feito o médico deve saber todos os detalhes, incluindo informações a respeito da gravidez e do parto, o uso de medicamentos tomados pela mãe, infecções e movimentos fetais. Uma história familiar detalhada, incluindo antecedentes de aborto da mãe e a incidência do problema em outros parentes, também pode ajudar.

Alguns exames também são importantes para saber qual o tipo de Paralisia e a sua extensão entre eles Ultra-Som, a Tomografia Computadorizada (a TC), a Imagem de Ressonância Magnética (IRM); Eletroencefalograma (o EEG), exames de sangue e de urina. Mas isso não basta para que seja definido o tratamento mais adequado. O médico deve consultar outros especialistas, como um neurologista; um cirurgião ortopédico; ou um otorrinolaringologista.

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